" pense na seguinte situação: você tem o privilegio de visitar a Biblioteca de Babel, a mítica biblioteca infinita criada por Jorge Luis Borges em um de seus contos mais populares, que tem , em suas estantes dispostas em galerias hexagonais, todo o saber existente, ou seja, você será colocado em contato com uma sabedoria imensa, cujos limites você não enxerga e que, para piorar as coisas, cresce de forma perturbadora. Na verdade, essa é a sensação que você tem quando entra em alguma grande biblioteca universitaria. (...) Seu sentimento com relação a, ignorância em técnicas como em idiomas, em eventos históricos como personagens, vai se traduzir na sensação de que sua "lista de leitura" aumenta com mais rapidez do que você é capaz de dar conta, o que pode lhe trazer uma sensação de frustração, insignificância, preguiça ou acomodação. No entanto, talvez ocorra o contrário e você fique estimulado com tudo o que ainda existe para aprender, ou seja, o objeto do seu prazer se torna maior, e não menor a medida que o tempo passa."
Isso serviu como a inspiração que eu precisava. Quanto mais eu penso em ler, escrever, estudar, viajar, mais frustrada eu me sinto ao constatar que eu não conseguiria fazer tudo o que eu gostaria nessa vida. Essa sensação de ipotência, sempre me deixou para baixo, como se me desencorajasse a começar a fazer qualquer coisa. As minhas listas iam aumentando e com ela a minha ansiedade e uma decorrente frustração. Ao ler esse trecho do livro mudei a forma de encarar "as minhas listas". Eu quero sim ler, escrever, viajar. Ao invés de pensar que talvez eu não consiga finalizar a lista, resolve iniciá-la, indo passo a passo com calma. Com o intuito de aproveitar cada etapa... e de forma que cada etapa concluida me motive ainda mais para ir a próxima.
Entendi que é mais eficiente eu "mirar" a prósima etapa do que focar na lista inteira.
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